27/12/2018

NOTURNO !

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Nada transfigura a tua face
Se Deus é quem inunda o teu olhar
Nada cala teu grito de beleza
Teu misto de ternura e verdejar

Nenhum verso tece a tua língua
Nem o meu amor pelas palavras
Nenhuma alma veste a tua calma
Nem toda a solidão enluarada

Se toda lagrima ora corta a carne
E o que invade é um silencio imortal
Se por amor morre-se noite a dentro

Se feito do teu bem esta meu mal
Sorrir a cada traço do meu tempo
A vida é o nosso instante desigual

Fernando Costa
Toronto – Fim De ano 2018
Ao Som De Gal e Zeca Baleiro – A Flor Da Pele


Poema 18

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De costas pra quem, febril caminha
A tua sina impressa são milagres
Selvagem navega teu silencio
Solitário finda pelos mares

Ágil fecunda só saudades
As margens de um amor que já viveu
Ora repetindo o canto só
A única oração que aprendeu

Sabe-se claudicar a todo passo
Crer-se de alguém que se perdeu
Mas, fez o teu poema com coragem   

Ler-se o último verso de adeus
E em seu perdão bebe do acaso
E o teu sofrer é lindo feito Deus!

Toronto – Final De 2018
 Ao Som De Tribalistas – Diáspora