13/08/2012

Ao Teu Ausente!


Sobre o mar impassível do silêncio
Qual emanas solenemente em meu parco saber do que nos tornamos,
Peço afastai-me a cada madrugada onde se cai um pouco a tua espera,
Ler-se; 
Crucificado ao passado!

Tropeças-te sobre o ponto nobre qual imaculado sempre esteve, 
E eu agora só implico no que ardo.
De que vale a rima se navalha a brisa que teu cheiro trouxe?
De que vale o céu sem estrelas?
Este mar sem ilhas?
Esta alegre tristeza feito um parto inesperado parindo sonhos.

De que vale o acaso?

Digo;

Quando pouco é a sorte, quando atrevida é a esquina,
Quando sois feridas, quando te disfarças.

De que serve a falta?

Donde escrevo tente?

Porque estás em tudo?

Quem te fez presente?

Onde vivo a volta?

Porque morro ausente? 

 [Inspirado No Poema De Carlos Drummond De Andrade - A Um Ausente, lido Na Pagina Do Face De Minha Adorável E Querida Amiga Renata Fagundes De Almeida Da Cunha Tedesco No Dia Dos Pais 2012 E 
Ao Som Das Bachianas De Vilas Lobos - Cantada Por Marisa Montes Em Pleno Encerramento Das Olimpíadas Verão De Londres 2012]


Nenhum comentário:

Postar um comentário

O TEU SENTIDO DÁ A DIREÇÃO - A TUA VOZ É OUVIDA - TEU TOQUE ABSORVIDO - E MINHA GRATIDÃO TE PAGA!