Os Versos Que Colhi De Tuas Mãos !

Foi de mar em mar o pensamento

Teu labirinto vasto enviesado

Foi por amar o gosto que há no fim

Que fez-se acaso.

Arde este teu eu que vive em mim

Assim como quem salta de vontades

Pra lambuzar do mel que há ti

Oh Ser – Saudades !

Ler-se nos teus olhos um livro inteiro

Mas hei que teu silencio se levanta

Sentir é o que desejas logo cedo

E a noite é tantas.

Com marcas tatuou o amor primeiro, [bem sei]

Em versos – Sangras !

DEDICADO A ESCRITORA MELINA FLYNN

(Ao Som De Ivan Lins – Vitoriosa

Semana Dele Aqui No Blog)

De Prata !

Condenava a dor

Ardia em prantos

E em seus desenganos

Se vestiu de mulher

Com teu corpo suado

Refutou o afago

Das saudades que um dia

Foi tão plena de vós

E agarrada aos lençóis

Sussurrou lentamente

Descontente razão

E o querer feito "Prata"

Se guardou no silêncio

Sepultando a paixão

(Ao Som De Ivan Lins – Bilhete –

Semana Ivan Lins No Meu Cantinho)

Etcetera & Tal

Ana, que já não era Santa

Dissolvia em lembranças

Como quem não se cansa

Frente ao espelho da cama

Sente tal covardia

E condena a partida

Que lhe deixara vazia

Feito um mar que secou

Nos sentidos guardava

Este corte a navalha

Qual deflagra essa dor

Por esse tal impossível

E em seu silêncio mais intimo

Crucificava o amor

(Ao Som De Ivan Lins – Bilhete –

Semana Ivan Lins No Meu Cantinho)

O Tempo Revelou Você !

O pelo fino e louro

Enroscou nos olhos meus

Mas não me importei, ler-se acaso

Juntar-nos foi obra de Deus.

Quis afagar com as próprias mãos

Delinear a arte que é você

Tragar todo inteiro que há em ti

Matar a minha sede de viver.

Fiz-me poeta pra contar

O acolá da pele de nós dois

Servir como o mar lhe serve

E esverdear tudo depois.

Depois adormecer no fim,

Sonhar quem sois...

(Semana Ivan Lins Nos Meus Versos

Ao Som Dele – O Tempo Me Guardou Você)

Lembro, Sim !

Dora, que amava as horas

Frente ao mar das ondas

Nas manhãs de outrora

Começada em mim

Entoava um canto

Pelo tempo quando

Seu amor e sonho

Desconhecia o fim

Dora, que em meus versos mora

É paixão e gloria

Resolveu partir

E quem parte leva

Poesia eterna

Pra poder seguir

(Semana Ivan Lins Nos Meus Versos,

Ao Som Dele – Lembra De Mim)

Um Caso A Mais !

Coloria a tez do tom mais alvo

A alma de azul pintou

Os lábios eram encarnados

O abraço de uma só cor

Em sua exclusiva aquarela

Aberta feito janelas

Teus verdes apontavam a quimera

Pra desprender-se do amor

E eis que meus versos colhiam

Em plena alvorada que um dia

A lira me ensinou

O amor sonhado voou

Partiu não se sabe pra onde

Mas sabe que encanto deixou

Ao Som De – Um Caso A Mais –

Margareth Menezes e Luis Represas

Palavras !

Enquanto paro o verso

Desse jeito mudo e inquieto

Neste grito frágil e encoberto

Sangro em palavras

Porque amar?

Amar por hora tem seu preço

Como um segredo farto revelado,

E descuidado

E só a palavra,

A palavra que a tudo revigora

Salva, desprende e nos transforma

Faz-me entregar

Carne, subtendida poesia

Naufrágio e vida !

Ao Som De – Bethania – Um Jeito Estúpido De Te Amar.

Canção Do Terra !

A noite trotava nos campos

E a madrugava espiava

Lembrava a menina dos olhos

A bruma que o silêncio amava

Os grilos já estavam dormindo

Sereno disse vou indo

E o frio contava ao arrepio

Que o orvalho beijava a flor

E os raios enciumados

Quisera romper num abraço

Provando o seu esplendor

Então é que uma tal poesia

Declara em voz alta, bom dia

Bem vinda saudades do amor...

Ao Som De Victor e Leo – Chuva de Bruxaria

Hoje Você Vem !

Flores para encantar os olhos

Tato que aprumam os corpos

Vozes pra cantar os logros

Na plena estação do amor

Ides, e por onde for

Versos pra curar a dor

Fartos deste meu suor

Livres pelo amanhecer

Crer, que a paixão a lira

Marcas desta obra-prima

É mesmo um pedaço de mim

Vir, e trazeis verdades

Que meu inteiro-saudades

São puras lembranças de ti

Ao Som De Victor e Leo – Chuva De Bruxaria

Soneto A Luz !

Louvo-te às cegas

Como a rocha frente ao mar
Louvo-te nas entranhas, e aqueço
Os olhos do despertar

Louvo-te no silêncio da noite
Como um açoite a vasta solidão
Louvo-te por principio e salvamento
Deste desprovido coração

Louvo-te às claras,
Como aquele que na luz faz morada
E desconhece a escuridão

Porque se vê nas estrelas
Apaziguada clareza
De um louvar Cristão

Ao som de: Concerto Guitar Rodrigo De Aranjuez

VERSATA !

[ Ah ! ]

Os meus versos – Cantos

Os meus versos – Sonhos

Os meus versos – Tantos

Os meus versos em dor

[ Aff ! ]

Os meus versos – Vôos

Os meus versos – Ópios

Os meus versos – Ébrios

Os meus versos sou

[ Hum! ]

Este ir sem donde

Este vir que escondes

Este tu tão longe

Chegues onde for

[ Ave! ]

Esta louca lida

Tanta nostalgia

Farta obra-prima

Versos sem pudor

[ Putz! ]

Tudo-tanto- espanto

Louco- sobre-humano

Dito neste pranto

Versos De Um Amor

(to be continued)

Ao som de: Concerto Guitar Rodrigo De Aranjuez

SETE !

Quando escrevo ignoro a tez.
É porque inspiro a tua alma.
Quando escrevo? Salvo-me, ou morro.
Respiro-te o que diz meu Carma.

No inabalável ritmo dos sonhos, penso.
Sou a arte da mão esquerda.
Ou a cegueira branca do papel pedindo, toca-me.
E se te escrevo? Faço-me de mim mesmo.

Arrefeço a luz, aqueço a lira
Sou tudo aquilo que lês
A mais verdade-mentira

E o tempo há de pedir que eu cale.
E eu, hei de fingir que te esqueço.
- Por isso, escrevo !

(AO SOM DO MAR)

MEU MAR !

Meu Mar

Nutria-se da profundidade e cavava a palavra,
Alimentava-se do saber e era simples.
Fez-se adorado e tu bem sabes,
Direcionava –te a Iris.

Verso por verso alinhavava
Do perdão jamais se desvencilhou
Amado, amava a sua dona
Mostrava às vezes que amou

Contava muito mais da certeza
Representava, Deus.
Seu ir e vir de esperanças,
Na brisa se percebeu .

Naquele infinito azul;
Revela o quanto sou teu !

SAMPA 21:51 HS
AO SOM DE - EBTG - Missing You

Por Um Fio !

Baixa tua mão e goza
Com teu pulsar de fogo sobre a tez alheia
Num tear de escolhas indigestas
Que digo que a dor é quem me beija

Não vês minar o que é sossego
Que teu apego desencanta
Inflama a ira deste peito
Enquanto sangra

Versos vérsos mim mesmo
Desapreço invariavelmente cego
Negro, somado aos mistérios
Que aqui confesso

“Rodam”minhas magoas faz-se chagas
E a dor não passa...

Ao Som de: Fernanda Takai - Insensatez

Ao Sul Do Norte De Alguém !

Luna clara, matilha
Franja de espinhos na têmpora

Veias geladas sem cor,

Saudades plena.

In versos prantos tão rasos
Folclore da imaginação
Sentido preso, soslaio;
Solidão.

Pena que me dá pena
Cobrir de silêncio o olho
São pobres vidas cá dentro,
Pecado-morto ?

Profundo o poeta do nada;

Incita os lobos !

(Cotonou - Rep Do Benim - Rumo A Holanda)

Julho 06 De 2010

Ao De - Kyrie - Christe Eleison (Soprano 1 & 2)
Ann Hallenberg, Helmut Muller-Bruhl; Cologne
Chamber Orchestra, Dresden Chamber Choir

Jardim Do Cego !

Amar-te até que o último segundo chegue,

e com ele a desesperança, o silencio e o choro,
o dobro em vontades já apagadas.

Amá-la no sentindo singular da palavra,
implícita no tempo que bem sabes,
nunca mais volta.

E quando jaz o corpo traduzido apenas nos poemas,
elevais as tuas mãos aos céus, e contai-vos;
Foi lenda.

Pois, um segundo novo logo se inicia,
é a parte pri de quem me criou;
Ler-se também “Amor”.

Destino escrito é destino vivido,
compreendido, dito, faz-se alma;
E me salva.

Cotonou – Rep Do Benim
05/07/2010 –
Ao Som de Beethoven – MoonLight Sonata
Fim De Tarde, Chegada Da Lua – Em Plena África.
Boulevard De Marina – Frente Ao Atlântico. 18:47 Hs

100% D'Ela !

A estrela guia
Fonte da luz que ilumina
Precisa obra mais prima
Divina eucaristia
Presente no céu de meus dias
Impele e também ressuscita
Sentidos de minha vida
Na direção da subida
Do amor que jamais termina
Somada a esta alegria
Em rimas finas que assinam
Os versos destas poucas linhas
Pra quando chegar à partida
- Fui D’Ela !! !!!

Cotonou – Replubica Do Benim
Ao Som De Ronan Keating - If Tomorrow Never Comes

Musica é simplesmente Linda

Céu Azul Se Apresentou

Conto a flor e preciso
Um rio de você transborda em mim
Invento um grito, desvios
Poema bom de cuspir

Reviro as pétalas, me lembro
O cheiro do amor está ai
Confio versos, me entrego
Amor mesmo eu já vi

Cavouco a terra, sou lenda
Germino este imenso jardim
E a Rosa que os olhos contemplam
Revela o quão bom é sentir

"Tu És" a flor (tb), quem diria
O amor já nasce sem fim...

(Eu Te Amo)
Cotonou – Rep Do Benim
03/07/10 – Ao Som De Djavan – Correnteza.