28/12/2010

Tim Tim !!!!!

Um passo lento
Um passo ainda mais lento.
- Juntos !

Um pensamento
Um outro melhor pensamento.
- Profundo !

Um inicio, um meio, um enfim
Um desejo, um beijo, um prosseguir.
- Aí ?

Um não precisar dizer que somos
Um sem pressa de correr pro mundo
Pra amanhecer neste mundo aqui.

Um relógio, um negócios, os outros
Um verso, um anseio, besouros
Nada importa sem ti !

Um giro no meio, invento
Um meio outro giro, tento
De olhos fechados, sou sim !

Um sim que a noite invita
Um nós no baile da vida
Porque meu amor é sem fim !

"FELIZ 2011"

São Paulo 28 Dezembro 2010 
Ao Som De Neil Young - Harvest Moon

27/12/2010

Ad Corpus !

Desvirginando a folha, sou fel
Deslizo sobre a alva, a tua falta
Tatuando a sobra de meu tempo
Busco palavras...


Um verso a mais, um nó a menos
Um grito em fim, um ser do vento
Um pra fingir, um só lamento
Dois sem estradas...


O acolá do então, agora nada
É louco quem inerte passa
Um ir a ti, talvez?
O resto farta...


Nada é um sacrifício em minhas mãos,
Poema Acaba!


Sampa 27 Dezembro 2010
Ao som De Djavan – Nem Um Dia

O Mar Bebeu Numa Palavra !

Deixou correr entre as mãos, o vão
O intrínseco habito de amar
A crença fluente nas veias
Esqueceu-se de olhar


Um passo a mais rumo ao nada
O verso perdido na estrada
A alma mil vezes talhada
Seu carrossel de emoções


Diante de infinita incerteza
Um ventre por descrevê-la
Curvou-se então;


No seu desperançoso horizonte
O Mar avistou-se mais longe
- Bebeu, o não!

27 12 2010
Ao Som De Ana Carolina & Seu Jorge – É isso ai

A Ausência Grito Feito Nada !

Curso, estrada e empreitada
Passos, exatos e sentença
Tino, destino e infinita
[Ausência]


Olhos, ouvidos e sentidos
Peito, inteiro e castigo
Conflito, sonho e perdido
[Grito]


Terra, corpo e anseios
Metáforas, sinônimos e segredos
[Feito]


Soneto, vida e alma
Carne, carma e chegada
[Nada]

São Paulo 27 Dezembro 2010.
Ao Som De Ana Carolina e Seu Jorge - É isso ai

23/12/2010

Além Das Quatro Estações !

Mudaram as flores
Os campos ávidos de nós dois
O correr para em ti chegar
E o ficar pra depois.

Permaneceram os abraços
A lira de nossas almas
A certeza diante do mar
E a aquela calma.

E ainda somos
A face de toda estação
O infinito amor pra se contar,
Com emoção.

Porque meu céu anoiteceu você;
E eu sou paixão!

São Paulo 23 Dezembro 2010
Feliz Natal !!!!!
Ao Som De – Ed Motta – Azul Da Cor Do Mar.

21/12/2010

Metade !

A intimidade que experimentou o vértice
E rangeu nos ossos de nossas metades
Não morrerá desprezada em tua historia
Nem dará vida à outra face


O fundir da carne em todo nosso tempo
Hora um lamento débil pela noite
Se fustigava a tez ao som do vício
Deu vida e cores


Ao que atento inda lembro, linda
E penso ser o que já fui
Como a palavra desvirginando a têmpora
Pra um só depois


Porque no âmago me tivestes pleno
E agora, sou !


Lagos Rumo A Dubai dez 2010.
Ao Som De Gravity – Jonh Mayer

17/12/2010

Teu Mar Navego !

Para além da carne, o desejo
O afago as estrelas
O beijo no espelho
A certeza em chegar ...

Para além da palavra, o sentido
O ouvido amigo
O abraço tranqüilo
A leveza no ar ...

Para além da distancia, o teu nome
O sentir neste instante
A carne em palavras ,

A beijar-me o ouvido
O abraço mais leve
Do teu nome além mar ...

Lagos – Nigéria 17 dez 2010
Ao Som de Gustavo Santaolalla – Pajaros

16/12/2010

PORTANTO:

O que se sabe do amor é pouco
No outro a noção do afago pode ser a lida
É como um corpo que só Deus sabe sente
Quando transforma o mundo em poesia


O que se sabe do amor é ouro
Um tanto além do preço cada vez mais caro
Talvez um mantra que as manhas me cantam
A felicidade no seu tom mais alto


E sem enganos,
O que se sabe do amor sem medos
No firmamento dar-se vida aos versos


E a ti confesso o que sei de amar
Retrata o sonho de você por perto
Se meu amor é uma canção do eterno !


Lagos – Nigéria – dez 2010.

14/12/2010

Atual !

Passado, presente, sonhos, decisão
Ides, vindes, força, separação
Coração na mão e um alto lá
Um ir pra não mais voltar.


Caça, navalha, senzala, abismo
Corpo, olho, outro, precipício
Vinho, frutos, dores, desequilíbrio
Lugar que não quis estar e vicio


Amar, navegar, desvencilhar, prosseguir
Encorajar, lamentar, ocultar, intuir
Postergar, chorar, arrebatar, desistir


Relembrar, silenciar, resguardar, conseguir
Crer, descrer, desentender, você
Fim, por fim, precisar, partir !

Ao So De Chico – Trocando Em Miúdos
Sampa 14 12 2010

13/12/2010

No Céu O Infinito Você !

Vibro;
A face cujo olho as cegas
Sempre sem nenhuma pressa
Correm o mar do coração


E então;
Deveras apontado ao norte
Conto com este amor e sorte
Pra descrever-te o céu com as próprias mãos


Ai;
Corpo, tempo e imensidão
O azul por onde deito a lira
Traz confissão


Sois de minha era carne, verso
E compaixão !


São Paulo 13 dez 2010
Ao Som De – Elvis Costello – She.

09/12/2010

Perceptio Onis


Se passaram dias
Lá se foram anos
E o amor primeiro
Transcendeu o quando

Já se foram brisas
Adormeceram noites
Despertaram flores
Pro amor que é tanto

Seja em mil palavras
Ou no lugar que ando
E por toda vida

E por todo encanto
Simplesmente assim
 É você que eu amo !

São Paulo 09 dez 2010
Ao Som De – Elvis Costello – She.

08/12/2010

Catarse !


A primeira pessoa, ele
Ventre, prumo, carne e precisão
O primeiro desejo, o dele
Cama, chamas, marcas e coração


E então;
Paixão é coisa muito estranha
É trama que o tear decanta
Na tez que resolvi parir


E em ti; Que é ele
Arrefeço o céu
Aqueço as pernas


Por dentro, gelo
Tato,fogo, fome e nenhum juízo
- Lindo !




Sampa 08 12 2010
Ao Som De Sade - It´s A Crime

07/12/2010

Ad Eternum ! ! !

Por sentir-te o corpo inda me perco
Dilacerada alma cega se arrasta
Abastardo preço pago cedo
E tu não passas !

O ir e vir é sempre do desejo
A sobra de um apreço hoje distante
Um afago morto entre lendas
E alguns instantes !

Teu beijo em minha boca, hora promessa
Aquece um outro ser na multidão
É lira que em seu âmago desconversa
A espera que este pobre coração

Disfarce todo bem que em ti revela
Se amar-te foi do eterno a solidão !


Sampa 07 Dezembro 2010
Ao Som De Fagner - Fanatismo
Poema De Florbela Espanca

06/12/2010

Canção Dos Teus Olhos !

Intuo a luz no meu peito
Meu Arco Iris ao norte da canção
Desprendo da aura lá do céu
Trago um vendaval de emoção

Canto, escrevo, espalho
O tom da estrela maior
Persigo no intimo, te sigo
E não estou só

Coerente a flor do meu destino
No curso deste rio está meu crer
Amor centelha da alma
Fácil sentido de ver

Por dentro a cor dos teus olhos
Por fora este eterno você !


Sampa 06 12 2101
Ao Som De Milton Nascimento - O Sol

O Universo Num Abraço

O Caminho
O tempo
O olhar
A direção

O lugar
O ir
O redescobrir
A emoção

O acreditar
O apaixonar
A mesma mão

O sentir
O reencontrar
A revelação !

Ao Som De Milton Nascimento – O Sol

02/12/2010

Portanto Bailemos ! ! !

Um pé lá
O outro também
Um vir e ficar
O “estar” tão bem.

Um pra ouvir
No outro a questão
Um sempre ali
No fundo é paixão.

Um digo-te aqui
O querer em nós
No eterno sentir
Um desejo atroz.

O amor é no fim
Um dizer sem a voz !

Sampa 02 dezembro 2010
Ao som de Djavan – Sabes Mentir

01/12/2010

Entre Yo Y Yo

Amador é a vida
Profissional é o sonho
A certeza é só minha
A partida um engano

O amor que é inteiro
É um meio acima
Nas palavras viajam
No pensamento caminha

Pelo mar das saudades
Inerente da alma
Porque tudo converte
No que chamam verdade

E meus versos te dizem
Sois a outra metade !

Sampa 01 Dezembro 2010
Ao Som De Toquinho – Porque Será.

30/11/2010

Poema III

Coloriu as mãos fez-se aquarela.
E da janela aberta entoava os sonhos.
Cantarolava baixo o som dos anjos,
Vivia um conto.

Na sua alegria mais que intima.
E infinita naquele azul.
Transcendia a aura de si mesmo,
Habitava o sul.

Bebia o toque.
Adorava o entardecer.
Apontava o norte, (toda noite)
Desconheceu perder.

Por fim, foi verso em tua boca.
- Pra depois morrer ! ! !

Novembro Final – 2010
Ao Som De - David Bowie - Never Let Me Down

26/11/2010

Velada !

Pouco antes das seis nasceu o sol
E seu clarão rompeu a minha sala
Cobriu como quem se cobre de alma
- E eu tão nada !

Pouco antes das seis nasceu o sol
E fez-se brilho o que era escuro
Deu voltas por todo o mundo
- E eu tão tudo !

E eu tão tudo,
E tudo na sua dita calma.
E todo o resto nulo,
E todo o resto passa.

E tu ? Tu no teu dormir profundo.
E eu ? Eu no meu tudo-nada.

Sampa (final de semana) Nov 2010
Ao Som De Djavan – Oração Ao Tempo.

25/11/2010

“ PENSATA”

Pedras – Mudas certezas
Areia – Infinita pureza
Pés – Descalços passeiam
Na imensidão do teu mar.

Louvar e escrever na areia
Que as pedras rolam pra vê-la
Pisando o destino qual seja
Certas que irão te encontrar.

Depois – Seguir adiante
Buscar cruzar o horizonte
No caís da paixão, ancorar.

Verter – A vida em poema
E adormecer na presença
Que se viveu, foi de amar.

Ao Som De Ze Ramalho & Daniela Mercury
Procurando Estrelas

23/11/2010

Ardente Desejo !

Baila com teu corpo a realeza
Com a grandeza qual espanta-me o fel da boca
Mata-me como sempre a sede
Que a vida é pouca

Espie, embale, realize
No olho do abstrato escreva “Quero”
Na carne culpe-me cem vezes
Sussurre perto

Deslize e não te afaste de mim
Deixa-me queimar em tua trama
Sem rimas perpetua-me teu poema

Diz que me ama
E certa de que arde um só segredo
- Sangreis em chamas !

Ao Som De - Mondo Bongo - Joe Strummer & The Mescaleros

19/11/2010

Balada Sexta !


A face aguda
O tronco sua
O corpo em curva
A carne crua

O tocar em ti
A chama ardente
O sentir enfim
O grudar da gente

O tatear com olhos
O comer com as mãos
O melhor por vir
O perder razão

O arrepio chega
A distância parte
O apontar ao meio
O espelho pari

Os pés flutuam
O chão é cama
A cintura fina
Os seios clamam

O sangue ferve
O ouvido flagra
A boca pede
As coxas abrem

O melhor de mim
O também você
O explodir enfim
O permanecer

O olhar no olho
O silencio fala
O repetir de novo
O amor se espalha

O segredo é nosso
O que arde é sina
O que baila é o tempo
A mercê da vida...

Ao som de – Rappa – Minha alma
Porque A Sexta Promete

18/11/2010

Soneto Pro Vicio De Amar-te.

Porque cai a tarde a noite vibra
Em algum lugar do céu pari a certeza
No apogeu do brilho enquanto flerto
Lembranças deste amor, conto as estrelas

No tempo inerte a flor alcanço
Renasço e morro, mas creio
Pertenço ao silêncio das folhas
Confio no sereno que beijo

- E sei te amo.
Meu quando é a hora infinita
Meu canto de fé – Poesias !

E sei vou indo,
Teu nome eterno aconchego
Teu vicio a minha alegria...

Ao Som De - Moonlight Sonata - Beethoven

17/11/2010

“ Terra Foi O Mané Quem Deu “


Terra, Foi O Mané Quem Me Deu! 

A bola cruzou a rua
De pés descalços e a alma nua
E eu por saber que a vida continua
Hoje nem quis despertar

Sonhava o meu sonho menino
Tino, Versos, Traquino
Preguiça, Reversos, Destinos
E aquele amor pra voar

No tempo maior que o espaço
Amigos de eterno laços
Cresciam junto ao meu lado
Atento ao radio tocar

Ouvindo o encanto das ruas
Pois essa é a verdade mais pura
Que eu já morava na sua
No aquilo maior que o amar

Ieda era a moça mais linda
Paçoca ainda mais Diva
A Lú colada a Doquinha
E o tempo não quis terminar

O Helinho, O Boca, O João
Magoo, Mané e Paulão
Cabeça, Renato, Peitica
Também atendiam por irmão

O Língua, O Kiko, O Murilo
Esses com Deus já estão
Meninos anjos tão vivos
Cantavam a minha canção

O Ciso, O Gui, O Gordinho
O Mug, O Pim, O Pirilo
E as mães de todos amigos
Por sempre tinham razão

 O Tike, O Juninho, O Marinho
Perfeitos amigos "certinhos"
O Mario mais que o Juninho
O Tike um perfeito de um cão

Fontana é o nome do Cesar
O Sandro um tremendo brigão
Luis quem quebrou a perna
Fabinho cantava Elton John

Peri, Chocô, Zé Roberto
Banana, Geleia e o Feijão
Quisera tê-los por perto
Jamais esqueci o Wagão

Frajola , Tiguês, Edmilson
Por um tempo andei com Serginho
“Buldogue”, o da Juscelino
Fazia o cerol com as mãos

Junica encaçapava a gordinha
Chitauro uma outra bolinha
Fabão era lá da Vilinha
Vilompa era um baita timão.
O Estácio era bem acanhado 
Com o Alfinete, cuidado
O Dumbo morava do lado
Na frente tinha um balão
Serginho, o lindo irmão do Osni
Com o Tuco e o Zé Rica eu curti
E o Ciro e o Maninho eram assim
Viver era pura emoção


Luisinho da João Cachoeira
Na Urusuí, as cervejas
O Parque na rua da feira 
De frente ao Mops, L o i r ã o

Paulitro irmão da Celinha
Deborinha um beijo menina
Quem não se encantou com Patricia
A Deusa do nosso Japão

O Tonho, O Petruz, A Petrula
O Maguila, O Roni e a Rua
O Dando, O Kimbô e a chuva
Jamais passaram em vão

Tikala, Itamar e a Cris
Amigos pra vida que eu fiz
Vadola, A Bia e por fim
A Cris, O Caíque e a Tikão

Dúdú, A Landa E a Cida
O Lú, O Guarú, e o Canjica
A minha Vó Dona Chica
A Lagrima derramo no chão

Manolo era o cara engraçado
A Santa Tereza do Bairro
A Missa rezava o frei Paulo
Domingo era duro o Sermão
O Val era gol na certeza
O Plinio uma outra beleza
No Xut o duelo na mesa 
Juiz era tudo ladrão

No Canto tinha, o Esquerdinha 
No Mé, O Danilo e O Dimas 
Seu Jézo sempre dizia
Choveu não tem jogo não


Ailton, o amigo Santista 
Paulé, Baleia e o Juquinha
Vasquinho era só alegria
Cansou gritar campeão

Sorvete era só do cavalo 
Se o Bar do Buchecha, fechado 
O Mestre era sempre mais caro
E o Gonsalito, opção

A carvoaria, São Jorge
Mauá tinha o morro mais nobre
Não tinha nem rico nem pobre
Mas, todo respeito era bom 
A feira era sempre de sábado
O Torres ficava na Horácio
No Sesc jogava-se saibro 
A Iguatemi era, mão

Com três pra trás, deixa o taco
E gol a gol é com o Flavio
Gritava alguém; Vém o carro
O certo é ficar sem ação

 Bibi era nome do Bairro 
Jardins o Bairro do lado
Pinheiros um pouco afastado
Quem nunca correu do Gusmão

Se bola gira com a lida
A lida dá vida à lira
Sonhar foi viver alegrias
No nosso Itaim da Paixão

Amigos aqui não citados
Lembrai-vos que sonho acordado
E conto em ser desculpado
Do amigo, espero o perdão

Ah – E antes que eu que eu pegue essa estrada
Na Sertãozinho eu morava
Ficava depois da Aspásia
De fronte, (quase) o Tedão

Abraços dos mais apertados
A gente se vê no acaso
Você meu amigo mais raro
Te levo no meu coração...


Sampa – 17 nov. 10 – Lagos Nigéria 04 Março 2017
Ao Som De – Rita Ribeiro – Contra O Tempo
Vídeo Link Abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=FsxiYX6zv_Y

PS* Terra é meu apelido de infância e foi colocado pelo
meu grande amigo e irmão Mané (Manoel Abreu) o meu, Néo.

16/11/2010

BACK !

Haja além para este tanto de nós
Porque a sede é selvagem
E a carne oceano
Devorando o após

Haja o que desata os nós
Feito as mãos a deriva
Pelo mar do teu corpo
Cujo teço esta lira

Tatuando o começo
O caminho, o apelo
A eternidade, a chegada

A ausência de tudo
O inferno do mundo
Quando tu não estavas

Ao Som De Nana Caymmi – Vinho Guardado.

12/11/2010

Tomados !

Dourava a pele com a pouca lâmpada
E o suor do rosto, eu o dedilhava
A arte do tocar e não dizer
Apenas o sentir com a alma.

O relógio não contava o tempo
E a liberdade insistia em explodir
Um par diante do espelho
Um desejo maior que o fim.

As horas tantas,
Eram tantos os Deuses em nós
Que em nossa trama
Queimavam os fios dos lençóis.

Agora conta-me - Por onde deflagro teu nome,
Por onde consagro-te a voz ?

Nov 2010
Ao Som De Nana Caymmi –Vinho Guardado

11/11/2010

Inicio, Meio E Fim !

Despertou, olhou, cassou a lira
Sacudiu os ombros, espiou o norte
Jurou, cravou, não se continha
Agradeceu a sorte .

Deixou o vento tocar-lhe terno
Amanheceu, lembrou e equiparou-se
Ouviu, sentiu e fez um verso
Apaziguou-se .

Naquele instante foi mar
Atravessou, encontrou e disse
Vim te buscar .

Adorou, afagou e partiu tão só
Respirou, ardeu e teve dó,
- Depois foi pó !



Novembro 2010
Ao Som De – Flavio Venturini/Todo Azul Do Mar

08/11/2010

Cruzadas !

Quem me dera o canto
O fino traço da palavra encanto
O peito erguido sem enganos
O imenso azul pra navegar

Quem me dera, já
Colher os frutos quando ando
Cobrindo os olhos de quem amo
Sonhando em te reencontrar

E quando em ti chegar
Cantando o que me vale a vida
Da lira que entoei um dia
Tu saibas que deixei por lá

A nau que acudiu meus sonhos
E os cantos que cantei ao mar

Lagos – Rumo A Amsterdã
04 nov 2010

02/11/2010

Schiphol Moon !

Ainda que não seja o tempo
Do sol lembrar-se de florir
Cuido a palavra “Amor”
Te trago aqui

Um ínfimo vão sopra lembranças
E toda a sua vontade ainda dorme
Então lá fora tudo é fim
O fim que meus versos colhem

Um pé aqui o outro também
Pelo bem maior que o tino vaza
E eu corro pra morar em ti
Aos olhos desta madrugada

E a sua poesia está em mim ,
O resto é nada !

Ao Som De – R.E.M. – Nightswimming
Amsterdan – Holand

30/10/2010

Dancemos !



Apontei meus olhos ao mar
Pro meu desafiar que sempre chega
De certo – Apenas o desejo
Bem perto – A marca da certeza

- Que as águas cantam !

Elevo meu corpo à imensidão
E com o coração sangro verdades
Lembro de quem nunca me esqueci,
E Sou Saudades.

- Amar é vida !

É cousa que a noite silencia
É verso que por ela principia
É todo este instante de alegria
Quais tornam-me impossível de dizer

- Fazer o que ?

Se o mais preciso tom sopram-me os ouvidos
E toda essa ausência de conflitos
Me trás a esperança feito um grito
Que por amor só posso acontecer

- Há um Deus pra crer !

Também um universo a minha frente
Nele deposito a Fé ardente
Que o amanhã no hoje está presente
Por onde vejo o mar sinto você .

- Não há porquês !!!



Ao Som De – R.E.M. - Nightswimming

29/10/2010

Noturno !

Por fim é noite,
E o açoite do silêncio bate em palavras
A Alma não diz nada
E o coração sem asas
Conta ao vento a sua solidão.

Por fim é noite sem clarão
E a foice do frio cortando a paisagem
De ouvidos ligados ao rumor deste corpo
Absorto e entregue
Só revive a paixão.

Por fim, então;
Tudo é vértice no escuro
E seguir é um mistério
Qual deixaste em meu mundo !

Ao Som De Chico Buarque - Lola

26/10/2010

Ali – Logo Além De Ti !

Palpitava o coração ,
Temia-se só .
Na garganta – Um nó
Em uma nota – Dó .

Suavam-lhe as mãos ,
Sentiu-se triste .
No talvez – A certeza
Na têmpora – Um disse .

No dia em que sol não amanheceu ,
A flor não se abriu .
Seu amor não aconteceu – Fugiu !

Partiu vestindo a sua solidão,
Intenso – Profetizou seu tempo .
- Era De Amor Em Vão ! ! !

Ao som De Warning Sign - Coldplay

03/10/2010

Navegado !

Velas brancas apanham os ventos
No pensamento o céu que anoiteceu
E no véu das águas hoje calmas
No tinto pouco das fachadas,

Vagam Tu E Eu.

Sentidos cobram liberdade
Pelo caís do porto a madrugada
E só o silencio das gaivotas
Febris e tristes sem palavras,

Não Contam Estrelas.

As ondas vivem com certeza
Os mesmos gestos destas asas
É um vôo incerto ao precipício
Por onde o mar desfaz estradas,

Sem Ter Destino.

Há um pouco além do infinito
A bruma cega a nau dos sonhos
E meu instinto se reprime
Na eloqüência dos enganos,

E Desencontros.

Ora a vertigem do teu beijo
No bem ali de meu juízo
É o que apavora o meu desejo
É o que provoca um arrepio,

E Eu Sou Delírios.

Se trago a pressa do caminho
Se arrefeço descuidado
Se paro o verso pelo meio
Se entristeço o bem amado,


No Mar - Desabo !

(To Be Continue)

Ao Som De Ricardo Arjona - Se Nos Muere El Amor.
El Salvador - San Salvador 10/2010