Por que me fissestes poeta
Pra sequestrar em mim toda palavra
Pra esconder aqui desassossego
E ver jorrar meu pranto nessa estrada
Por que tomar de mim a própria alma
Aquela que do mar faz-se ti mesmo
Também te assemelhas feito a lua
E nua é escrava de teus zelos
E pelos campos colhe a flor que tua
E a cada verso pari o que confortas
Primus tristi inter pares – Mortuus!
Ares que me falta a sorte
Bebendo a tua ausência em goles,
A noite sangro...
Lagos – Nigéria – 06 Maio 2013
Ao som de Astor Piazzolla – Año De Soledad
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