13/07/2010

SETE !

Quando escrevo ignoro a tez.
É porque inspiro a tua alma.
Quando escrevo? Salvo-me, ou morro.
Respiro-te o que diz meu Carma.

No inabalável ritmo dos sonhos, penso.
Sou a arte da mão esquerda.
Ou a cegueira branca do papel pedindo, toca-me.
E se te escrevo? Faço-me de mim mesmo.

Arrefeço a luz, aqueço a lira
Sou tudo aquilo que lês
A mais verdade-mentira

E o tempo há de pedir que eu cale.
E eu, hei de fingir que te esqueço.
- Por isso, escrevo !

(AO SOM DO MAR)

Um comentário:

  1. "Quando escrevo? Salvo-me, ou morro.
    (...)
    Sou a arte da mão esquerda."

    Ah, Fernando... Eu é que agradeço a possibilidade de chegar até aqui e desfrutar dos teus versos...

    Lindíssimo poema!

    Já te sigo por aqui...

    Beijos, Moni

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