03/10/2010

Navegado !

Velas brancas apanham os ventos
No pensamento o céu que anoiteceu
E no véu das águas hoje calmas
No tinto pouco das fachadas,

Vagam Tu E Eu.

Sentidos cobram liberdade
Pelo caís do porto a madrugada
E só o silencio das gaivotas
Febris e tristes sem palavras,

Não Contam Estrelas.

As ondas vivem com certeza
Os mesmos gestos destas asas
É um vôo incerto ao precipício
Por onde o mar desfaz estradas,

Sem Ter Destino.

Há um pouco além do infinito
A bruma cega a nau dos sonhos
E meu instinto se reprime
Na eloqüência dos enganos,

E Desencontros.

Ora a vertigem do teu beijo
No bem ali de meu juízo
É o que apavora o meu desejo
É o que provoca um arrepio,

E Eu Sou Delírios.

Se trago a pressa do caminho
Se arrefeço descuidado
Se paro o verso pelo meio
Se entristeço o bem amado,


No Mar - Desabo !

(To Be Continue)

Ao Som De Ricardo Arjona - Se Nos Muere El Amor.
El Salvador - San Salvador 10/2010

2 comentários:

  1. Lindo poema.
    Adoro teu layout.
    Beijos

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  2. Caminhei contigo nas linhas desse poema, nas ondas desse mar, Ricardo.

    "Perder-se também é caminho" (C.Lispector)

    Beijos, querido!

    Moni

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