10/05/2011

Entre Eu E Mim !

Não te abandono,
Nem as vísceras do que não fomos abandono.
Mas eu vim te dizer;
Que o cansaço pari um adeus por minuto.
E na hora do ventre se abrir os olhos fecham
Pois o âmago do desejo é uma chave de pernas,
E o que não coube aqui.
                                       [desde que te vi partir]


Não te abandono,
Porque sou de mim mesmo, armadilha e covil
E se vil é o tempo, mais sereno é a estrada
A certeza do ir, a fé na chegada
O vento na testa, a chuva na cara
A menina mulher, a presa e a caça
E o que não está ali.
                                   [Porque sempre fui assim]


Não te abandono,
Por pena, apreço, medo, coragem
Saudades, bondade, alegria, alegria
No silencio e na gritaria
Por covarde e por covardia
Pelo agora e pelo ainda
E o que não sei definir.
                                    [e daí]


Não te abandono,
Em nenhuma manhã,
Nem por noites tão só.
Sem poema nenhum,
A espera do sol.
Quieto na ausência, na presença de “Dó”
E o que não voltei a sentir.
                                   [nem tão longe daqui]


Não te abandono por fim.
Não te abandono por ti.
Pra usar meu batom,
E manchar de segredo.
O desespero e o inverso,
E sem bem te confesso;
Pelo que sobra de mim.
                                   [o não e o sim]




Semana Gonzaguinha No Blog
Ao Som De Suas Belas Obras 
Ponto de Interrogação,
Grito De Alerta, Explode Coração.

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