Pouco antes das seis nasceu o sol
E seu clarão rompeu a minha sala
Cobriu como quem se cobre de alma
- E eu tão nada !
Pouco antes das seis nasceu o sol
E fez-se brilho o que era escuro
Deu voltas por todo o mundo
- E eu tão tudo !
E eu tão tudo,
E tudo na sua dita calma.
E todo o resto nulo,
E todo o resto passa.
E tu ? Tu no teu dormir profundo.
E eu ? Eu no meu tudo-nada.
Sampa (final de semana) Nov 2010
Ao Som De Djavan – Oração Ao Tempo.
Perfeito tratado poético sobre aquilo que preenche, sobre aquilo que esvazia,
ResponderExcluiro muito e o pouco,
que desdenham de nossas vontades.
Lindo, querido!
Grande abraço!