Terra, Foi O Mané Quem Me Deu!
A bola cruzou a rua
De pés descalços e a alma nua
E eu por saber que a vida continua
Hoje nem quis despertar
Sonhava o meu sonho menino
Tino, Versos, Traquino
Preguiça, Reversos, Destinos
E aquele amor pra voar
No tempo maior que o espaço
Amigos de eterno laços
Cresciam junto ao meu lado
Atento ao radio tocar
Ouvindo o encanto das ruas
Pois essa é a verdade mais pura
Que eu já morava na sua
No aquilo maior que o amar
Ieda era a moça mais linda
Paçoca ainda mais Diva
A Lú colada a Doquinha
E o tempo não quis terminar
O Helinho, O Boca, O João
Magoo, Mané e Paulão
Cabeça, Renato, Peitica
Também atendiam por irmão
O Língua, O Kiko, O Murilo
Esses com Deus já estão
Meninos anjos tão vivos
Cantavam a minha canção
O Ciso, O Gui, O Gordinho
O Mug, O Pim, O Pirilo
E as mães de todos amigos
Por sempre tinham razão
O Tike, O Juninho, O Marinho
Perfeitos amigos "certinhos"
O Mario mais que o Juninho
O Tike um perfeito de um cão
Fontana é o nome do Cesar
O Sandro um tremendo brigão
Luis quem quebrou a perna
Fabinho cantava Elton John
Peri, Chocô, Zé Roberto
Banana, Geleia e o Feijão
Quisera tê-los por perto
Jamais esqueci o Wagão
Frajola , Tiguês, Edmilson
Por um tempo andei com Serginho
“Buldogue”, o da Juscelino
Fazia o cerol com as mãos
Junica encaçapava a gordinha
Chitauro uma outra bolinha
Fabão era lá da Vilinha
Vilompa era um
baita timão.
O Estácio era bem acanhado
Com o Alfinete, cuidado
O Dumbo morava do lado
Na frente tinha um balão
Serginho, o lindo irmão do Osni
Com o Tuco e o Zé Rica eu curti
E o Ciro e o Maninho eram assim
Viver era pura emoção
Luisinho
da João Cachoeira
Na Urusuí, as cervejas
O Parque na rua da feira
De frente ao Mops, L o i r ã o
Paulitro irmão da Celinha
Deborinha um beijo menina
Quem não se encantou com Patricia
A Deusa do nosso Japão
O Tonho, O Petruz, A Petrula
O Maguila, O Roni e a Rua
O Dando, O Kimbô e a chuva
Jamais passaram em vão
Tikala, Itamar e a Cris
Amigos pra vida que eu fiz
Vadola, A Bia e por fim
A Cris, O Caíque e a Tikão
Dúdú, A Landa E a Cida
O Lú, O Guarú, e o Canjica
A minha Vó Dona Chica
A Lagrima derramo no chão
Manolo era o cara engraçado
A Santa Tereza do Bairro
A Missa rezava o frei Paulo
Domingo era duro o Sermão
O
Val era gol na certeza
O Plinio uma outra beleza
No
Xut o duelo na mesa
Juiz era tudo ladrão
No Canto tinha, o Esquerdinha
No Mé, O Danilo e O Dimas
Seu Jézo sempre dizia
Choveu não tem jogo não
Ailton, o amigo Santista
Paulé, Baleia e o Juquinha
Vasquinho era só alegria
Cansou gritar campeão
Sorvete era só do cavalo
Se o Bar do Buchecha, fechado
O Mestre era sempre mais caro
E o Gonsalito, opção
A carvoaria, São Jorge
Mauá tinha o morro mais nobre
Não tinha nem rico nem pobre
Mas, todo respeito era bom
A feira era sempre de sábado
O Torres ficava na Horácio
No Sesc jogava-se saibro
A Iguatemi era, mão
Com três pra trás, deixa o taco
E gol a gol é com o Flavio
Gritava alguém; Vém o carro
O certo é ficar sem ação
Bibi era nome do Bairro
Jardins o Bairro do lado
Pinheiros um pouco afastado
Quem nunca correu do Gusmão
Se bola gira com a lida
A lida dá vida à lira
Sonhar foi viver alegrias
No nosso Itaim da Paixão
Amigos aqui não citados
Lembrai-vos que sonho acordado
E conto em ser desculpado
Do amigo, espero o perdão
Ah – E antes que eu que eu pegue essa estrada
Na Sertãozinho eu morava
Ficava depois da Aspásia
De fronte, (quase) o Tedão
Abraços dos mais apertados
A gente se vê no acaso
Você meu amigo mais raro
Te levo no meu coração...
Sampa – 17 nov. 10
– Lagos Nigéria 04 Março 2017
Ao Som De – Rita Ribeiro – Contra O Tempo
Vídeo Link Abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=FsxiYX6zv_Y
PS* Terra é meu apelido de infância e foi
colocado pelo
meu grande amigo e irmão Mané (Manoel
Abreu) o meu, Néo.